O conhecimento é inimigo do aprendizado? Nos últimos posts eu trouxe uma reflexão sobre um problema real que você certamente possui. Que é a “dificuldade em sair da operação do negócio e atuar a nível estratégico para construir um negócio que funcione sem você”.
Hoje vamos falar sobre uma frase que me fez refletir muito e que eu adoro compartilhar com todos os clientes da B4B, para trazer uma reflexão importante que está totalmente ligada a prática.
O conhecimento é inimigo do aprendizado
Essa é uma frase do Tom Chi, co-founder do Google X, um laboratório secreto do Google responsável por diversas inovações como Google Glass, Carros autônomos do Google, Lentes de contato que monitoram glicose através de lágrimas, balões na estratosfera que fornecem internet ao mundo e outros projetos extraordinários que a maioria das empresas consideraria impossíveis.
Ele diz que:
“Conhecimento” é um substantivo acumular conhecimento é ótimo. Mas “conhecer” é um verbo que escolhemos fazer com o nosso conhecimento.
Saber é inimigo do aprender. Quando você “sabe” alguma coisa, o seu cérebro de forma automática rejeita novas informações e isso impede o progresso. Em alguns casos, consideramos que sabemos de algo, mas nunca aplicamos aquela informação. Mas será que algo é conhecimento sem ser aplicado?
Gostaria de trazer neste papo algumas definições do João Kleper, um dos maiores investidores do Brasil.
Informação significa dados processados sobre alguém ou alguma coisa, enquanto o conhecimento refere-se a informações úteis obtidas através da aprendizagem e da experiência.
Ou seja, só conhecemos algo através da compreensão de conceitos, estudo e experiência.
Portanto, podemos dizer que o Conhecimento acontece quando a informação é aplicada.
Conforme aprendemos no treinamento da Falconi, vale a pena citar o conceito 70:20:10. (LOMBARDO e EICHINGER, 1996)
Ele é considerado um framework da aprendizagem organizacional, ele está voltado para a aprendizagem e desenvolvimento dentro das organizações, unindo a teoria e a prática numa mesma proposta.
Estima-se que a totalidade da aprendizagem organizacional seja composta da seguinte forma:
70% de forma prática, na realização de tarefas e solução de problemas (prática)
20% baseado na observação das experiências e interações (mentoring, coaching e feedback)
10% baseado em cursos, seminários e workshops (conhecimento formal)
Onde os itens podem ser complementares, caso o curso seja discutido internamente dentro da empresa, ou caso ele seja aplicado em tarefas práticas.
Isso é importante pois hoje em dia vivemos na Era do Conhecimento onde as pessoas tem muitas informações, mas poucas conseguem transformar informações em conhecimento. Não falo isso apenas porque hoje os dados são considerados o “novo petróleo”. Me refiro a isso, pelo fato de muitos empresários não conseguirem aplicar o que aprendem, não conseguem transformar o conhecimento em resultado. Não fazem o “feijão com arroz” básico no dia a dia da empresa. Não definem processos, não se preocupam em alinhar as pessoas e colocar as pessoas certas no lugar certo, não possuem uma estratégia, não planejam, não fazem uma gestão eficaz, não sabem qual é o seu diferencial, não possuem um posicionamento, entre muitas outras coisas.
Para qualquer empresário que pretende crescer é extremamente importante entender que ele não é o sabe tudo. Entender que ele precisa estar cercado por pessoas que o complemente em diversas áreas. Precisa ter humildade para aprender e buscar ajuda com pessoas que possuem mais conhecimento, experiência e que tenham método para ajudar a aplicar. Porque não adianta nada ouvir um bilionário falar sobre um mercado que ele não conhece ou falar de algo que ele não conhece. Não adianta nada se ele não tem uma didática e um método comprovado para te ajudar a aplicar aquilo de verdade e obter resultados.
Sem falar que o passado não é garantia para o futuro. Cuidado com o ego, a vaidade e o apelo a autoridade, pois você precisa fazer nexos com diversas informações e aplicá-las na prática, ninguém melhor do que você para tomar as melhores decisões, ser o protagonista da sua vida e da sua empresa. Ou seja, não devemos seguir cegamente Gurus ou Bilionários na internet, devemos definir um mentor para cada área e constantemente reciclar essa lista, não colocando ninguém em um pedestal como herói. Não devemos focar apenas no “quem falou”. Devemos entender “o que foi dito” e refletir se faz sentido para o nosso caso ou não.
Para finalizar gostaria de compartilhar o que chamamos de Ciclo da Aprendizagem.
Temos as informações que viram conhecimento e originam nossas habilidades, crenças e psicológico a qual esses 3 itens juntos moldam nossas atitudes que são responsáveis por gerar resultados positivos ou negativos e, por fim, obtemos aprendizado quando obtemos esses resultados. Ou seja, o que nos impede de aplicar o conhecimento geralmente é a nossa habilidade, crenças ou nosso psicológico.
Essas são dicas valiosas e espero que te faça refletir sobre o que realmente você sabe e o que você ainda precisa aprender. Ao mesmo tempo, que você também reflita se é uma prioridade aprender ou se você pode realizar uma parceria estratégica com alguém para te ajudar.
É por isso que no próximo post vou falar sobre o porquê as empresas costumam contratar uma consultoria empresarial. Pois não é por acaso que este mercado circula R$1,9 trilhões de reais em todo o mundo.